Por muito que me esforce não consigo o meio termo... e é tão cansativo ser assim.
A sensibilidade exacerbada tem um preço elevado... a alegria é inebriante e a tristeza é uma dor alucinante. Todos os sentidos são levados ao extremo... na alegria e na tristeza.
Sim, a alegria é vivenciada com a capacidade de todos os sentidos... o êxtase de ver um quadro magnífico ou ler um determinado um poema que provoca lágrimas ou sorrisos, a alegria de ser presenteada com uma atitude... sentir o cheiro da terra molhada, do mar ou de um perfume... ouvir uma música que "toca" na alma ou aquela palavra que precisamos... sentir a textura de uma pele, de um tecido ou até mesmo de uma parede... saborear "aquele" beijo ou um doce que adoramos... tudo isto é fabuloso quando se tem a capacidade de sentir na plenitude.
Depois existe o "reverso da medalha"... a ausência de tudo isto, por tantas razões... cansaço, intolerância, descrença, e tantas outras coisas que provocam esta sensação de inaptidão... que por sua vez provoca uma dor dilacerante, uma dor que retira a força e a capacidade de discernimento. É quase uma auto mutilação, e é estúpido porque uma dor que é provocada por inaptidão é a prova suprema da incompetência que já se tem a obrigação de não se ter.
Por tudo isto é muito mais fácil viver no 8... não se perde o foco, e não há dor, o pragmatismo comanda e o amor próprio obviamente impera. Não significa que nos tornemos más pessoas, apenas práticas.
Gostava de ser o meio termo mas não consigo.
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