sábado, agosto 18, 2018

Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

As metáforas e as analogias são utilizadas em vários estilos literários desde sempre.

"O amor é fogo que arde sem se ver", um bom exemplo de uma metáfora utilizada por Camões, todos sabem que o amor não é fogo, o amor é uma coisa abstrata... um sentimento, e todos sabem também que quando o fogo arde vê-se... uma metáfora utilizada para tornar enfática a descrição do "amor".

Tantas outras metáforas conhecidas que eu podia exemplificar.

Digo há muitos anos que o poema que me define é o "Cântico Negro" do José Régio... um poema cheio de metáforas, uma delas "Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo", com toda a certeza que José Régio não acreditava que Deus e o Diabo tivessem copulado e disso resultasse um filho... é uma metáfora que significa apenas "tenho grandes qualidades e grandes defeitos", essa é apenas uma das metáforas do poema que me define.

Partirem do pressuposto que sou "filha do Diabo"... uma espécie de demoniozinho que vaga por aqui... é simplesmente burrice.

É importante saber ler, é importante saber que existem metáforas e analogias... é importante aprofundar o conhecimento de um tema antes de se ajuizar estupidamente.

Eu gosto de metáforas e analogias e utilizo-as bastante na minha escrita.

Digo que sou papoila... mas não é para levar à letra, sou de carne e osso e até tenho coração, rins... essas coisas comuns nas pessoas.

A papoila é sensível e ao mesmo tempo resistente.
A papoila não pode ser arrancada da terra e posta numa jarra ou num vaso... morre se a retirarem da terra.
A papoila é bonita pela sua simplicidade.

É importante saber ler. 

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