Ultimamente o meu registo de escrita alterou... há quem lhe chame de prosa poética, eu chamo "pensamentos condensados".
Cada palavra, expressão... ponto de exclamação, reticências ou parágrafo, tem sempre uma intenção.
Cada palavra ou expressão dava para escrever uma dissertação ou uma reflexão, sempre de coisas que penso, vivo e sinto.
Talvez esta tal "prosa poética" não seja nada mais do que uma contenção do meu subconsciente (agora consciente) da exposição de tudo o que vai na minha alma.
Uma coisa curiosa que constatei, é completamente diferente a percepção do que escrevo quando é ouvido com a minha voz... fiz esse exercício com 2 ou 3 pessoas e disseram-me isso, talvez a minha voz seja de alguma forma uma espécie de código, não sei...
Pergunto-me agora que tomei consciência, será que é isto que sente quem escreve a tal "prosa poética"?...
É uma catarse para mim "libertar" as palavras... uma necessidade constante que tenho, são gritos... gemidos... lágrimas... sorrisos... insultos e elogios
A sensação de transpirar e não conseguir respirar se não as "libertar".
Talvez um dia eu escreva profundamente sobre cada palavra... ou não.
Uma coisa eu sei, desta forma cada um sente e percebe à sua maneira as minhas palavras, é como a pintura abstracta que é vista e interpretada de formas tão diferentes.
Não sei se o registo continuará igual durante muito mais tempo... escolho não me preocupar e continuar a libertar da mesma forma de sempre... natural.
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