Detesto baixar os braços, isso para mim é sínónimo de que me rendo... e render-me não faz parte da minha natureza.
O mar está com uma corrente forte e eu teimo em não me deixar levar... só porque sei que essa maré atira-me inevitalmente contra as rochas... e entre a dor das rochas e o cansaço de nadar contra a corrente, escolho a última... violento-me mas não me rendo.
Só que... estou tão cansada... tão cansada.
Apetece-me baixar os braços e deixar que o mar me leve... contra as rochas ou até mesmo que me afunde de vez.
Estou cansada... tão cansada.
Porque é que o mar teima em me arrastar? Porque é que os outros conseguem saborear o mar e simplesmente nadar... boiar... mergulhar e tudo sem esforço...
Não baixo os braços... não me rendo... violento-me... mas estou tão cansada...
De que me serve ser forte, inteligente e persistente... estou tão cansada.
Apetece-me render... mas não me rendo.
E o mar afoga-me com a sua indiferença... o mar despreza-me e teima em afogar-me.
Estou tão cansada... deve ser esta a sensação da crucificação...
sexta-feira, abril 19, 2019
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