sabia que aquelas portas dificilmente se abriam
já lá tinha entrado
que pessoa privilegiada!
que pessoa privilegiada!
os cheiros
as cores
os sons
a alma que lá habitava...
as cores
os sons
a alma que lá habitava...
já lá tinha entrado
entrava
saia
entrava
saia
sempre que lhe apetecia
saia
entrava
saia
sempre que lhe apetecia
desprezava a sorte que tinha
e sujava... partia a alma que lá habitava
e sujava... partia a alma que lá habitava
entrava...
saia...
sabia que aquelas portas dificilmente se abriam
lá onde habitava a verdade
tremeu...
vibrou...
sorriu..
sentiu...
tremeu...
vibrou...
sorriu..
sentiu...
saiu... e voltou para a sua realidade
onde tudo era vazio...
imperava a mentira e a mediocridade
imperava a mentira e a mediocridade
mas lá era fácil...
bastava estar
não sentia mas sobrevivia
bastava estar...
bastava estar
não sentia mas sobrevivia
bastava estar...
e permanecia no seu canto
isento de alegria
vegetava e saía.. pouco lá ficava
isento de alegria
vegetava e saía.. pouco lá ficava
mas voltava sempre às portas que sempre lhe abriam... as portas da verdade
tanto maltratou a alma que lá vivia, que já nem sentia ou percebia...
que ironia
a empatia?
escolheu a apatia...
sangrou a alma que não merecia
a empatia?
escolheu a apatia...
sangrou a alma que não merecia
entrava... sujava e não limpava
desprezou a sorte que tinha
silenciou
silenciou
e a porta fechou
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