a corda bamba… acabou
desequilibrei-me
caí e… fiquei em carne viva
caí e… fiquei em carne viva
levantei-me mas não voltei para a corda bamba
trepei pelas paredes sem parar e sem olhar para baixo…
fiz questão de sentir todas as dores
trepei pelas paredes sem parar e sem olhar para baixo…
fiz questão de sentir todas as dores
cheguei ao topo… ao outro lado da corda bamba
cheguei sozinha… em carne viva mas cheguei
cheguei sozinha… em carne viva mas cheguei
não tive rede para me amparar a queda… não tive
às vezes é melhor assim
às vezes é melhor assim
aprende-se com as dores
eu aprendi
eu aprendi
não gosto de corda bamba
prefiro andar, correr, saltar, trepar…
prefiro andar, correr, saltar, trepar…
posso até cair… mas porque tropeço
mas empurraram-me... eu caí
não gosto de corda bamba
não gosto de corda bamba
cheguei ao outro lado da corda bamba…
o que era suposto ser o outro lado foi substituído pelo “topo”...
caí e olhei para cima… o outro lado passou a designar-se “lá em cima”
o que era suposto ser o outro lado foi substituído pelo “topo”...
caí e olhei para cima… o outro lado passou a designar-se “lá em cima”
em carne viva subi e cheguei ao topo… sozinha
não havia uma mão para me puxar….
não havia uma mão para me puxar….
agora olho para a frente…
o sangue está seco….
as feridas cicatrizam… as cicatrizes desenham novos traços em mim
o sangue está seco….
as feridas cicatrizam… as cicatrizes desenham novos traços em mim
tenho novos traços… sou a mesma, mas com novos traços
tenho novos traços… aprendi lições
tenho novos traços… aprendi lições
não gosto de corda bamba
não há mãos… há a minha mão
cheguei ao topo e olho em frente…
são vários os caminhos que posso escolher…
são vários os caminhos que posso escolher…
agora aparecem mãos… agora?
olho para essas mãos e sorrio….
hummm…. o meu sorriso, tanto para dizer sobre o meu sorriso…
olho para essas mãos e sorrio….
hummm…. o meu sorriso, tanto para dizer sobre o meu sorriso…
tanto para dizer sobre tanta coisa… mas eu sorrio e olho em frente
cheguei ao outro lado… sozinha