sexta-feira, setembro 28, 2018

não sou malmequer, sou papoila!

bem me quer...
mal me quer...
bem me quer... 
mal quer...
muito...
pouco...
ou nada...
bem me quer...
mal me quer...
muito...
pouco...
ou nada...
upsss não sou malmequer... sou papoila
não se arranca pétalas à papoila
a papoila não faz previsões ou "promessas" estúpidas
a papoila tem poucas pétalas, e todas elas são sagradas
a papoila tem ópio... é inebriante mas...
a papoila é delicada e simples... mas resistente
a papoila é selvagem mas tem raízes
não sou malmequer, sou papoila!

terça-feira, setembro 25, 2018

Diálogo telepático... Pássaro e Papoila

Olho para ti... ausente mas sempre comigo, é bom.
- "guardo-te"
- eu sei...
- falam de quê?
- da vida... de mim.. coisas
- e tu?
- eu ouço.. penso.. registo...
- chateia-te?
- já não... aprendi a arte de sorrir
- amo-te
- ... amo-te

segunda-feira, setembro 24, 2018

Os fracos

Dos fracos não reza a história
os fracos acomodam-se
os fracos vegetam
os fracos lamuriam-se
os fracos não "vivem"
os fracos não lutam
os fracos dizem
- mas...
- só que...
os fracos assustam-se com a "novidade"
os fracos são burros
os fracos amam o "fácil"
os fracos não caiem, pois não ousam
dos fracos não reza a história... nem a estória.

domingo, setembro 23, 2018

Eu escolho VIVER

Perdemos... perdemo-nos 
Desencontramo-nos... reencontramo-nos 
Esquecemo-nos... lembramo-nos 
Silenciamo-nos
Descartamos 
Morremos devagar...muito devagar
Os amores vão... os amores vêm
As amizades vão... novas amizades vêm
E eu...eu continuo
Eu escolho viver mesmo que doa perder
Eu escolho gritar
Eu escolho ver e não simplesmente olhar.
Eu escolho VIVER.


Tic tac... Tic tac

Tic tac... Tic tac
O teu tempo
O meu tempo
Tic tac... Tic tac
O tempo urge
Tic tac... Tic tac
O meu relógio avariou e anda rápido
O teu relógio... terás alguma vez olhado para ele?
Tic tac... Tic tac
O nosso tempo devia ser igual mas... não é.
Tic tac... Tic tac
Sinto que tenho uma granada nas mãos...
Tic tac... Tic tac

sábado, setembro 22, 2018

Divagações ... Passado, Presente e Futuro




Eu SONHEI
Tu IMAGINASTE
Ele VIU
Ela APRENDEU
Nós PERDEMOS
Vós AJUDASTES
Eles QUISERAM 
Elas INVEJARAM
Eu SOU
Tu FALAS
Ele OUVE
Ela SONHA
Nós SORRIMOS 
Vós COMENTAIS 
Eles MATAM 
Elas ESFOLAM
Eu SORRIREI 
Tu ESQUECERÁS 
Ele VIVERÁ 
Ela CONTINUARÁ 
Nós DANÇAREMOS
Vós APRENDEREIS 
Eles SOFRERÃO
Elas MAGOARÃO

sexta-feira, setembro 21, 2018

que bom!

Tu, tu e tu
46 anos a gostar de pessoas... que bom!
gosto de ti e nunca me vou cansar de dizer... gosto de ti!
caramba "viste-me" para além do óbvio!
as tuas palavras...
as nossas conversas...
o teu abraço...
a tua atenção...
és beleza na essência
és doce
és forte
és coragem
és atitude
és doçura
és determinação
és presente mesmo ausente
és memória
és presente
caramba como eu adoro a tua inteligência!
ohhh a tua sensibilidade... tu também choras com a arte
tenho saudades tuas...
e tu estás
hoje apetece-me estar sozinha...
e tu respeitas o meu isolamento
és tão diferente de mim e... gostas de mim
obrigada... ohh obrigada... precisei tanto de me lembrar de mim e "tu" conseguiste despertar a minha "amnésia"... obrigada!
Tu que és tu, tu e tu... fazes-me sorrir
46 anos a gostar de pessoas... que bom!

Muitas vezes... não há estática nos conceitos.

Muitas vezes...
a inevitabilitade é evitável
a evitabilidade é inevitável
o improvável é provável
o fim é o início
o linear é complexo
o complexo é linear
o óbvio é confuso
o pragmático é abstrato
o crente é descrente
o pecador é santo
Muitas vezes... não há estática nos conceitos.

quarta-feira, setembro 19, 2018

saudade...

aquela saudade...
alma tatuada ou carimbada
lágrimas de papoila
smooth...
memória de "ontem"
sonho ou miragem de "amanhã"
eu
tu
ele... ela
nós
vós
eles.. elas
aquela saudade...

Auto retrato...


terça-feira, setembro 18, 2018

Uma pinha

Uma pinha... aparentemente uma simples pinha, mas não.
Olhei e vi-a... tinha que pegar nela, sentir-lhe a textura e o cheiro...
tão simples e já sem pinhões... ela "transportou-me" às memórias da minha infância... as férias de verão... apanhar as pinhas com os pés descalços em cima da caruma "ai pica... ai pica...", procurar uma pedra e pacientemente partir os pinhões... comer calmamente um a um, com as mãos todas sujas de pó e terra... ahhh e sabiam tão bem os pinhões...
Uma pinha... aparentemente uma simples pinha, mas não.
Uma pinha... uma simples pinha que me fez sorrir.

domingo, setembro 16, 2018

parou e viu...

parou... sentou-se e finalmente "viu"...
"ohhh existe tanta beleza e eu faço parte dela também!"
naquele momento todos os sons "misturados" deixaram de ser barulhos e transformaram-se numa música... bela e perceptível
o mar... os pássaros... as vozes (umas doces, outras nem por isso)... a sua respiração... tudo com o compasso da memória de outros sons, de outra voz...
"tão bela a música que consigo finalmente ouvir!"
parou... sentou-se e finalmente "viu"...

O beber das suas lágrimas



Entrou na sua vida suavemente... conseguiu "vê-la" como nunca ninguém tinha conseguido. 
Despiu-lhe a alma e o corpo... tentou contrariar porque é "proibido"... vivem em realidades paralelas, ele é uma construção e ela uma constante desconstrução...
Sentiu o seu corpo... e ela o dele. Ouviu o prazer que a fez sentir como se não fosse a primeira vez...
Faltava só o tempo... e esse eles não tiveram nesse dia.
Ficou bêbada dele... depois foi o acordar para a realidade. Um balde de água fria quando ele falava com a naturalidade que eles têm ...uma naturalidade intrínseca neles.
Tentou por auto defesa afastar-se... é tão intenso, são tão intensos... é amante e amigo.
As suas palavras para ela são sempre belas, vê a essência dela e deseja sempre o melhor para ela...
Parece que o seu desejo de a querer feliz e amada foi ouvido... claro que de uma forma complicada porque nada para ela é fácil...
Mas continuou nela... vai continuar sempre.
Enrosquou-se nele e pediu-lhe colo... desta vez já não era suposto acontecer nada... sentiu a sua exaustão e ajudou-a... tocou-lhe novamente até o seu telefone tocar, como se fosse um alarme de incêndio na sua alma que mostrava que era errado.
Pararam... ela chorou e ele bebeu as suas lágrimas... foi a única pessoa que bebeu as suas lágrimas... é o único que conhece o sabor...
Foi-se embora mas continuam juntos... ela acha que vão sempre continuar...
É errado mas continuam a querer-se..
Bebeu as suas lágrimas e isso é só dele.

sábado, setembro 15, 2018

não sou caranguejo

The day after
um passo à frente
um passo atrás
sim
não
talvez
sim
não
talvez
muito
nada
nozes...
tens dentes?
datas
detalhes
vai
volta
momentos
verdades
luta?
frescuras
sensibilidades
prioridades
ligeirezas
um passo à frente
um passo atrás
vou em frente
não sou caranguejo

quinta-feira, setembro 13, 2018

Detalhes...

A importância dos detalhes
São os detalhes que me encantam ou desencantam.
Sou feita de detalhes, um contrassenso pois sou simples e complexa...sensível e forte...
(...)
Afinal estar viva hoje é apenas um detalhe...eu sou um detalhe que amanhã deixo de existir sei isso... mas já não quero saber, é apenas um detalhe e eu sou um contrassenso de detalhes.
Nota: Parte de um texto escrito por mim e publicado noutro sitio... parte porque o resto são detalhes...

segunda-feira, setembro 10, 2018

Delicadeza no trato

Delicadeza no trato, uma característica que rareia cada vez mais nos dias que correm...
Podem pensar que é uma incongruência dado que passo a vida a dizer que sou bruta, mas ser bruta não é ser indelicada. Ser bruta, no que me diz respeito, é ser frontal, transparente e não "engolir sapos".
Depois existe a forma de como eu sou bruta, sou direta e não tenho papas na língua, não sendo isso sinónimo de vulgaridade ou falta de educação.
Além de bruta sou delicada (com que merece claro), e indiferente com quem não merece.
Ser delicada no trato é simples, é saber dizer (sempre com honestidade claro), obrigada, desculpa... é ser reconhecida quando me fazem bem e expressar o meu reconhecimento... e outras tantas coisas que caracterizam a delicadeza no trato.

domingo, setembro 09, 2018

milimétricas...

arrumadinhas de uma forma milimétrica as cores do arco-íris... como se fosse um grito "O Arco-íris não existe!"...
só que... existe, eu sei... percorri-o até ao final e fiquei lá... conheci o tesouro...
depois voltei para o milimétrico, desconstruindo e renegando o que sei...
(...)
O arco-íris existe... eu sei... eu estive lá...

sábado, setembro 08, 2018

O Tempo

Com a idade aprendi a importância do tempo.
O tempo que se dá... o tempo que se perde...
O tempo pode ser
... uma prenda
... uma necessidade de estarmos sozinhos
... o "espaço" para agir de uma forma reflectida
... um período de "luto" até ao dia que se percebe "passou"
O tempo não passa de um momento, longo ou curto, mas um momento.
O tempo é intemporal.
O tempo que nos faz feliz pode ser o passado, através de uma memória... o presente, através de um "gesto" ou uma reflexão... e até o futuro, através do "sonho".
O tempo é importante, quando alguém nos oferece o "seu" tempo, ou nós oferecemos o "nosso" tempo... o tempo não deve ser cobrado.
O tempo é escasso... o tempo passa... o tempo é abstracto... e o tempo é sentimento... o tempo é a resposta.

quinta-feira, setembro 06, 2018

Fotografias e Palavras



Eu adoro fotografias.
... as que registam momentos felizes
... as que eternizam memórias
... as que tiro (ou tirei) em modo "sessão fotográfica" como se fosse uma atriz de uma peça de teatro
... as que tiro com o meu telemóvel (quase diariamente) apenas porque presto atenção aos detalhes do que me rodeia.
Eu adoro fotografias.
Existem pessoas (tenho a sorte de conhecer algumas) que fotografam brilhantemente e fazem da fotografia arte... eu olho para essas fotografias e a minha alma exalta-se... não precisam de palavras... a imagem diz tudo... diz tanto... "fala" de formas diferentes a cada pessoa que a "vê"... "falam-me mensagens"...
No entanto eu gosto mais de me expressar através das palavras... gosto das palavras.
Com as palavras eu "viajo" na minha imaginação.
Faço pequenas reflexões sobre coisas que me vêm à cabeça... porque a todo momento vêm-me coisas à cabeça... penso sobre tudo e mais alguma coisa... e escrevo.
Umas coisas publico aqui...outras num "local" mais restrito... e outras guardo-as só para mim.
Quando escrevo e publico, coloco normalmente uma fotografia, mas sempre uma que faça sentido... é uma forma de tornar mais enfático o que escrevi, ou mais belo... enfim, é minha forma de "acrescentar" algo ao que escrevo.
No entanto a fotografia no meu contexto é detalhe, o mais importante são as minhas palavras... mas a fotografia "abafa" as minhas palavras a muitas pessoas, e desse modo deturpa a minha intenção.
Bom... já houve uma altura que isso me chateava, mas chateava-me imenso... agora já não. Agora faz-me rir.
Vou continuar a escrever textos e a ilustrar com fotografias minhas.
Vou continuar a receber comentários que nada têm a ver com o texto mas sim e apenas com a fotografia.
Vou continuar a sentir pena das pessoas, (obviamente que não são todas...ainda há pessoas que lêm)... vou continuar a rir-me das pessoas que vêm uma fotografia minha e acham que é um "opá eu sou gira e quero que te metas comigo"
Vou continuar a ser bruta nas respostas a essas pessoas, porque é a única linguagem que entendem... e porque me dá gozo ser bruta com pessoas burras.
Vou continuar a gostar imenso de fotografias e a amar as palavras.
A fotografia que escolho para ilustrar este "piqueno" texto vai abafar o que escrevi para várias pessoas... eu sei...mas para quem leu até ao fim, este é o meu ar de desdém para quem fica só pelas fotografias...

eu...

eu sou o verbo, conjugai-me correctamente
...no início era o verbo... depois passou a pronome pessoal ou impessoal...

A estática dos conceitos

Existem conceitos que serão sempre estáticos, podem der intensidades diferentes ou até mesmo prazo de validade, como o amor por exemplo, quando se ama não existe o "mas" ou o "se", ama-se ponto final, com tudo de bom ou mal que possa advir desse amor, ama-se. 
O amor não é subjectivo, o amor é.
Referi-me ao amor, mas existem outros exemplos, amizade, lealdade, verdade... no fundo a existência ou não destes conceitos definem o nosso carácter.
De repente deparei-me com um conceito que sempre defendi...mas com o tempo, a idade, a evolução (ou não), deixei de o praticar, isto é, passei a praticar menos. A empatia.
A falta de empatia, através da sinceridade, crítica, opinião...enfim, no fundo através da verdade, pode baixar a auto estima, magoar e diminuir o "alvo" da falta de empatia... pois é, mas eu confesso que muitas vezes pratico a falta de empatia na minha vida. Não com o objectivo de ataque, mas sim como defesa.
Pratico a falta de empatia quando sou alvo de uma injustiça, quando estou a lidar com uma pessoa que por ser inteligente tem a obrigação de ser mais...
Sim, eu que sempre defendi a empatia, actualmente pratico a falta de empatia... e não gosto de o fazer, não me sinto melhor nem maior, pelo contrário, sinto-me dura, e se isso acontece escolho afastar-me de quem me "força" a ser menor... afinal de contas o objectivo é evoluir enquanto ser humano, não é regredir.
Por isso gosto de me rodear de quem me faz crescer...
Isto para chegar à conclusão que nem todos os conceitos são estáticos, pelo menos para mim... a empatia é um deles.

domingo, setembro 02, 2018

O Silêncio

Falo muito sobre as palavras, a importância delas... a ligeireza com que são proferidas... enfim, a verdade é que falo muito sobre as palavras e às vezes mais importante que as palavras são os silêncios...
É no silêncio que eu "construo" as minhas reflexões...
Os silêncios dão respostas... são respostas...
Os silêncios acalmam a alma quando o os "ruídos" externos são demasiado perturbadores...
O silêncio acompanhado pode ser lindo... porque os outros sentidos têm tendência para ficarem exacerbados...
O silêncio acompanhado pode ser horrível... simplesmente porque é sinal de que não importamos... mostra a nossa insignificância da forma mais dolorosa.
O silêncio é uma linguagem às vezes muito mais explícita do que as palavras... no bom e no mau.
Eu gosto de silêncio... eu "cultivo" o silêncio... o que me apazigua a "alma"...
... mas vou continuar a sempre a amar as palavras.. as puras... as que me falam para além do óbvio..

Penas...

encontro penas no chão da minha casa... todos os dias encontro penas...
o "milimetricamente arrumadinho" dirá que é uma almofada rota...
eu... eu conheço o arco íris.. para mim são vestígios das "visitas" do anjo que me guarda...