sábado, dezembro 22, 2018

Apetece-me parar

Apetece-me falar... mas silencio a minha voz
Porquê falar?
Palavras... palavras... palavras
Falei tanto...
Serei muda ou talvez surda?
Para quê falar?
Serão surdos ou talvez burros?
Palavras... palavras... palavras
Apetece-me o mar
Nadar... nadar... nadar
Apetece-me parar
Descansar...
Espalhar a palavra.... espalhar a palavra...
...desígnio ou escolha?
Explicar
Olhar
Pensar
Sorrir quando apetece chorar
Calar quando apetece falar
e pensar... pensar... pensar...
Apetece-me parar
Descansar...
... mas não! por favor dá-me a mão!
e dou...
... eu... eu... eu... ouço a toda a hora
E eu?... E eu?... penso a toda a hora
Estou...
Dou...
Sou...

Apetece-me parar
Descansar...

terça-feira, dezembro 18, 2018

Xiuuuu

Era uma vez...
Era?... mas não foi?
xiuuuu... Era uma vez...
Era ou Hera?
xiuuu... Era uma vez uma vez...
Uma, duas, três... tretas!
Era uma vez?
xiuuuu.. ouve... Era uma vez uma coisa...
Uma coisa?
xiuuuuuuuuuuuuu OUVE!!!
Era uma vez uma coisa...
Não quero ouvir!!

domingo, dezembro 16, 2018

Acomodados e conformados....

Incomodados os acomodados
A versatilidade incomoda
A verdade incomoda
A luz incomoda
A cor incomoda
Acomodados os incomodados
Porquê ser quando se pode parecer?
Porquê questionar quando se pode calar?
Porquê tanta luz natural?... a noite é de candeeiros, tão mais fácil... liga e desliga... Click...Click
Cor... Cor... que trabalho sentir e conjugar as cores... para quê? O cinzento não precisa de conjugação... é neutro, isento de sensação... ufaaa o cinzento
Crescer ou vegetar?
Ver ou olhar?
Lutar ou estagnar?
e o acomodado fica incomodado quando questionado
... incomodado sim, mas como acomodado que é... conformado

terça-feira, dezembro 11, 2018

Parece pouco e é tudo…

Parece pouco e é tudo…
Que o mar me envolva
Que o vento me fale
Que o sol me aqueça
Não quero mentiras
Sou verdade e a mentira corroí-me a alma
Xiuuuu
Silêncio
Estou cansada de “lutos” por suicídios estúpidos…
eu e o mar… eu e o vento… eu e o sol…
Sinto o cheiro do mar… ohhh o cheiro do mar que me envolve
Ouço o que o vento me diz… ele canta suavemente para mim
Já não tenho frio… o sol tocou-me delicadamente
o sol, o vento e o mar não mentem
quero paz… só quero paz…
xiuuuuuu
silêncio
quero paz…
Parece pouco e é tudo…

quarta-feira, novembro 28, 2018

Corda Bamba - Parte II

a corda bamba… acabou
desequilibrei-me 
caí e… fiquei em carne viva
levantei-me mas não voltei para a corda bamba
trepei pelas paredes sem parar e sem olhar para baixo…
fiz questão de sentir todas as dores
cheguei ao topo… ao outro lado da corda bamba
cheguei sozinha… em carne viva mas cheguei
não tive rede para me amparar a queda… não tive
às vezes é melhor assim
aprende-se com as dores
eu aprendi
não gosto de corda bamba
prefiro andar, correr, saltar, trepar…

posso até cair… mas porque tropeço
mas empurraram-me... eu caí 
não gosto de corda bamba
cheguei ao outro lado da corda bamba… 
o que era suposto ser o outro lado foi substituído pelo “topo”...
caí e olhei para cima… o outro lado passou a designar-se “lá em cima”
em carne viva subi e cheguei ao topo… sozinha
não havia uma mão para me puxar….
agora olho para a frente… 
o sangue está seco….
as feridas cicatrizam… as cicatrizes desenham novos traços em mim
tenho novos traços… sou a mesma, mas com novos traços
tenho novos traços… aprendi lições
não gosto de corda bamba
não há mãos… há a minha mão
cheguei ao topo e olho em frente…
são vários os caminhos que posso escolher…
agora aparecem mãos… agora?
olho para essas mãos e sorrio…. 
hummm…. o meu sorriso, tanto para dizer sobre o meu sorriso…
tanto para dizer sobre tanta coisa… mas eu sorrio e olho em frente
cheguei ao outro lado… sozinha


segunda-feira, novembro 19, 2018

20 de Novembro... Tomorrow

Amanhã... o futuro existe?
O tempo... a "prisão" do tempo em nós é muitas vezes estúpida, esquecemo-nos do mais importante e real... o presente.
Desde sempre que um dos meus motes é Carpe Diem... é bom e mau, mas é real e sempre que não falho na essência do mote, é bom.
O passado... acabou, já não existe, ficaram as experiências, as memórias (boas e más), mas acima de tudo as lições e a oportunidade de crescer com elas.
Saudade... alívio... cicatrizes... nostalgia... memórias...
Neste meu contrasenso em que defendo que o mais importante é o presente, penso ao mesmo tempo que o mais importante é o passado...
Sou o que sou porque tenho o meu passado, que já foi o meu presente e a aspiração de um futuro.

O passado às vezes é uma "prisão"... o medo de cometer os mesmos erros... o receio de confiar novamente... o pânico de sentir as mesmas dores... o passado às vezes tem o poder de paralisar.
O passado já me condicionou algumas vezes... só que quando isso acontece há sempre um momento de epifania em que desperto... e depois continuo o meu caminho... às vezes com um pânico enorme, mas continuo e aceito se cair novamente, porque sei que caio mas levanto-me sempre, mais forte e menos burra.
O passado acaricia-me também, é lá que estão os meus tios... já não estão cá, mas são o tal anjo que me guarda... a memória do colo, dos sorrisos e do amor... o verdadeiro amor, está nos meus tios... eles estão no passado, e de certa forma também estão no presente porque permacem no meu coração e no meu pensamento... porque eles são um anjo que me guarda.
O futuro... é irresponsável não pensar no futuro...é... é irresponsável...
O futuro é um projeto... o futuro é o sonho... o futuro, se existir é o resultado das escolhas do "agora"... o futuro é uma semente que plantamos com a convicção que vai crescer, mas não é garantido, mesmo que tenhamos todos os cuidados quando o plantamos... regamos e tratamos com amor...
O futuro não é garantido... o futuro pode não existir... mesmo assim, sem certezas ou garantias, é tão mas tão importante, porque se existir vai ser o presente, e a responsabilidade desse presente não garantido está no presente real... no agora...
O futuro, se existir, acaba por ser o mais importante.... é lá que podemos ser mais felizes e melhores, porque crescemos, simplesmente porque tivemos a capacidade de aprender com o passado e com o presente.
Por tudo isto... porque o passado é tão mais importante... o futuro pode ser ainda mais importante... 
Por tudo isto... o presente é o que realmente interessa... é o real... é o que existe.
Por tudo isto... Carpe Diem sempre, não esquecendo o passado, porque é o que nós somos, mas também não ignorando o futuro, que apesar de não garantido e ainda inexistente, é o que nós podemos ser... é quando temos a oportunidade e a obrigação de sermos melhores.
Carpe Diem!

segunda-feira, novembro 12, 2018

uma simples nuvem

Vou à janela... o céu está absolutamente azul e uma nuvem, uma simples nuvem branca mas de um branco tão puro a fazer lembrar um enorme monte de algodão transporta-me...
imagino-me lá... sentada num enorme monte de algodão onde só existe silêncio, o azul do céu à minha volta e a sensação do enorme monte de algodão que me envolve e acolhe...
uma nuvem... uma simples nuvem que me transporta e faz sorrir

sexta-feira, novembro 09, 2018

9 de Novembro… Just another day

um copo de vinho?
sim…
saudades… promessas…
palavras esquecidas
história ou estória?
vida!
um copo de vinho?
só um? …
estou comigo… só comigo e tenho a garrafa inteira!
datas… palavras… intenções
sentir… sinto-me…
é... sinto-me
um copo de vinho?

um dia… um dia…
eu disse que o arco-íris existe 
bebo um copo de vinho e caminho sobre o arco-íris
ohhh conheço tão bem o caminho
um copo de vinho?
um dia… um dia talvez

quinta-feira, novembro 08, 2018

Tenho tantas qualidades

curioso mas não surpreendente… o meu último texto tinha como título “Tenho imensos defeitos”, uma constatação que passo a vida a declarar… só que eu também escrevi que tinha tantas qualidades, e essa constatação foi reparada por poucas pessoas…
na verdade há uma tendência assustadora para as pessoas gostarem, ajuizarem, falarem daquilo que é negativo, e eu até nem me posso queixar, porque apesar de não lerem com atenção o que escrevi, (algumas pessoas)os comentários foram simpáticos… no entanto fiquei com aquela sensação da “palmadinha nas costas”, tipo “vá lá miúda! Tu és porreira, não fiques triste!”… hummm não gosto de “palmadinhas nas costas”….
curioso e surpreendente (xiiii como é que eu ainda me surpreendo?)… escrevi para não me tentarem analisar mas sim conhecer… poissss hummm… ou não foi lido, ou não foi entendido, analisaram… analisaram… e analisaram
curioso e caricato… voltei a falar sobre as abordagens estúpidas, não só continuaram como aumentaram….
e porque nem tudo é mau, 2 ou 3 pessoas que intervêm sempre nos meus textos de uma forma inteligente e educada falaram comigo pela primeira vez (por pouco tempo) no messenger… a medo inicialmente porque sabem que eu sou bruta a responder a determinadas abordagens… depois perceberam que eu sei separar o trigo do joio e vejo perfeitamente quando quem me aborda não tem segundas intenções, está simplesmente a ser o que é “simpático e educado”, construindo com isso uma amizade, ainda que virtual.
agora sobre as minhas “tantas” qualidades… afinal o título é esse, é claro que não vou explanar…. Induzi em erro quem se deu ao trabalho de me ler, chama-se a isto “publicidade enganosa”, é o título que capta muitas vezes a leitura e eu… bom eu enganei-vos, sem maldade mas enganei-vos… eu tenho, tenho imensas, muito mais do que defeitos… mas não se faz bandeira das qualidades, elas são para serem descobertas naturalmente, ou não…
a fotografia que escolhi para ilustrar este texto é uma espécie de metáfora… o cabelo que tapa o rosto, mas se uma mão o afastar o meu rosto vê-se… as minhas qualidades existem, só que eu também não as destapo, que as vossas mãos (metaforicamente falando claro) as descubram… ou não.

terça-feira, novembro 06, 2018

Tenho imensos defeitos

pois é... passo a vida a dizer e a escrever que tenho imensos defeitos, mas a mensagem não é perceptível, talvez porque explico-me mal ou então a percepção só é perceptível se me limitar a escrever uma ou duas frases muito curtas para não existir o risco do cansaço da leitura.
o facto de fazer bandeira dos meus defeitos não significa que me desvalorize, ahhhh mas não mesmo! é que eu tenho tantas qualidades, e uma das melhores é a percepção delas.
faço e farei sempre bandeira dos meus defeitos
porque é muito mais honesto
porque quem vê as minhas qualidades é porque me conhece ou porque me "viu"
escrevo muitas coisas, publico poucas aqui... publico o que me apetece porque me apetece, e depois vêm as mensagens... ohhh as mensagens de pessoas que não conheço e que tentam "avaliar-me" e interpretar-me... é de tal forma que apesar da minha falta de resposta, ou se estou em dia de paciência, (coisa rara) e respondo de uma forma monossilábica, fico com a sensação de que há muita gente que pensa:

a) epá eu sou um "granda" psicanalista!
b) a gaja é loira e obviamente vai "cair" no meu bla bla bla
c) água mole em pedra dura tanto bate até que fura
ohhhh mas...
a) eu penso, é verdade eu penso muito... é uma merda eu sei, eu penso e escrevo... e partilho alguns, muito poucos mas alguns dos meus pensamentos, e não, não gosto de burros... e sim sou bruta... caraças pá! sou sensível a detalhes... upssss sou ajuizadora hummm eu avisei que tinha imensos defeitos, só que... sou muito mais do que aquilo que escrevo aqui, sou muito mais e muito menos... não me tentem analisar, quanto muito tentem conhecer-me e obviamente não vou explicar como, dado que gosto de pessoas inteligentes.
b) uma das minhas grandes diversões quando não tenho nada para fazer é passar-me por estúpida, só pelo simples gozo de gozar com estúpidos... eu avisei que tenho imensos defeitos
c) não fura... a sério que não fura, por uma razão tão simples, não sou pedra, sou papoila (se ao menos lessem o que escrevo tinham percebido)
tenho imensos defeitos e tantas qualidades...
a quem teve paciência para ler até ao fim o meu desejo de uma noite feliz... a quem se ficou só pela fotografia hummm "divirtam-se e sonhem colorido"

sábado, novembro 03, 2018

Tenho em mim todas as cores do mundo...

Sinto um misto de nojo e pena de uma propagação viral de gente mascarada de uma felicidade inexistente.
Pessoas cinzentas
Relações podres
Vidas acomodadas
Não vivem... sobrevivem
Não caem simplesmente porque não andam
Ajuizam-me, insultam-me e estranham-me
Eu caio... caio muitas vezes porque recuso-me a ficar parada, mas levanto-me sempre e cada vez mais forte.
Assumo a tristeza quando a sinto... e a alegria da mesma maneira.
Tenho em mim todas a cores do mundo...
Não tenho medo

Vivo
Canto mesmo que desafinadamente
Danço quando e onde me apetece
Defendo as minhas convicções 
Escrevo o que sinto... o que penso
Há quem diga que escrevo muito sobre mim... dane-se! 
Vão à merda com os vossos ajuizamentos!
Exerço a minha liberdade de expressão, na escrita e na vida!
Gosto de mim... gosto muito de mim, não porque me ache extraordinária, não... não sou. 
Sou o normal de qualquer pessoa com carácter...
Não abro mão de ser
Verdade, no ser e no viver
Dignidade, custe o que custar
Visão, vendo sempre para além do óbvio
Acção, não me limitando às palavras
Amor... sendo amor... dizem que o Amor não é como nos filmes, para mim é... se não for não o quero.
Dor... aceito-a sempre com a convicção de que vou aprender e crescer com ela.
Não me demito do "sentir"... demito-me de algumas pessoas.
Tenho em mim todas cores do mundo...

quinta-feira, novembro 01, 2018

A Reconstrução dos Afetos

Escrevi sobre a construção dos Afetos, A Desconstrução dos Afetos e a Destruição dos Afetos, vou agora tentar escrever sobre A Reconstrução dos Afetos.
É intrínseco em mim gostar de pessoas, no entanto gosto cada vez menos de pessoas e de menos pessoas.
Trabalho sem qualquer tipo de esforço o “cultivar” dos afetos, seja pela construção ou pela desconstrução deles simplesmente porque acho que as pessoas valem a pena até prova em contrário…
É tão fácil e saboroso construir afetos quando se gosta de alguém (amizade ou amor, é indiferente), para mim é fácil porque construir afetos é amar e isso é a coisa mais fácil que existe… amar.
Os afetos são construídos de uma forma imaterial, através de atenções, atos e palavras…

Aprendi que a desconstrução dos afectos pode ser uma coisa positiva porque conseguimos percepcionar as coisas de uma forma completamente diferente. Não por destruição de valores mas por decomposição da percepção do outro.
A partir do momento em que nos damos ao trabalho de colocar na nossa "balança dos afectos" o que pesa mais, o bem ou o mal que percepcionamos, e o "bem" ganha, vale a pena o exercício de desconstrução dos afectos.
São poucas as pessoas que valem o esforço, porque é um esforço violento o sucesso deste exercício, mas quando valem a pena, as sensações novas que nos trazem são um "abre olhos"... no entanto o melhor neste processo é a nossa desconstrução... passamos a olhar de uma forma diferente para nós, apercebemo-nos de características (qualidades e defeitos) que nos eram imperceptíveis e indiferentes.
Não é um processo de adquirir tolerância, mas sim de descobrir novas percepções e sobretudo de uma aprendizagem de inconformismo e uma abertura de mentalidade.
Tenho vivido segundo um pressuposto errado, gosto de pessoas até prova em contrário, há pessoas levianas que eu estupidamente tento desculpar vezes e vezes sem conta, e isso deixa-me feridas profundas que com o tempo vão cicatrizando mas que são muito dolorosas, essas pessoas são egoístas e plantam expectativas de uma forma despudorada e leviana… e são essas as pessoas que me entristecem…. que me magoam de uma forma dilacerante e que no final tenho pena delas, porque no fundo são elas as que mais perdem por serem “pequenas”.
Para me “demitir” de um afeto é preciso muito… mas muito mesmo. Demito-me sempre com a consciência que dei o melhor de mim, que dei muito para além do normal. Por isso demito-te de consciência tranquila, com a certeza de que no dependia de mim suportei o insuportável.
A reconstrução dos afetos… lamentavelmente nunca consegui reconstruir um afeto por uma simples razão, quem o mata não sou eu, quem tem a obrigação de o reconstruir não sou eu… e quem o destrói é sempre tão egoísta e leviano que obviamente não tem coragem para tentar colar os cacos. Quem destrói afetos é ligeiro… é leviano… é egoísta e portanto o seu foco será sempre o seu umbigo.
Por isso faço lutos… às vezes muito dolorosos porque me responsabilizo de ter-me dado assim… culpo-me por ser assim… culpo-me por ser dádiva… mas, continuo a achar que eu estou certa, que amar as pessoas é ser dádiva… por isso tenho pena de quem destrói afetos.

terça-feira, outubro 23, 2018

Big Brother is watching you

Tinha uns 14 anos quando li “1984” de George Orwell, lembro-me perfeitamente da sensação horrível que tive ao imaginar viver numa sociedade assim… a verdade é que vivemos na sociedade “Big Brother is watching you”… e eu… eu não tenho medo!
Que se dane! Não me escondo! Não me calo! Não me acanho!
Recuso-me a fazer parte do rebanho amorfo… medroso e merdoso.
Sou vida! Dei vida!
Sou um ser individual que não se demite do coletivo.
Dispo-me dos preconceitos manipuladores e ajuizadores
Dispo-me dos medos de ser, viver e sentir
Big Brother is watching me?
Pois então observa-me, mas observa-me bem, porque eu não tenho medo!

segunda-feira, outubro 22, 2018

Corda Bamba - Parte I



na corda bamba
equilibro-me
deliquilibro-me
caio vezes sem conta
não há rede para me amparar
fico em carne viva 
levanto-me e volto para cima da corda bamba
equilibro-me
levanto a cabeça e continuo
é um percurso obrigatório para sair de onde estou
gostava de ter uma rede para me amparar
não tenho e aceito as quedas
equilibro-me
desiquilibro-me
gostava tanto de ter uma rede
merecia a rede... merecia...
mas... acho que faz parte para testar a minha resistência
estou quase a chegar ao outro lado
saio sozinha ou vou ter uma mão para me receber?
não sei... sei que estou quase a chegar ao outro lado


sexta-feira, outubro 19, 2018

BASTA!

Ohh quanta imoralidade no viver
Democracia? 
Liberdade de expressão?
Informação?
Respeito?
O tanas!!
A democracia não existe... somos governados por um bando de corruptos, (direita, esquerda... não há excepção), e a culpa é de quem fala, fala, fala mas não faz nada!... povo fraco, burro e corrompido que a única coisa que pratica é a agressão verbal e nada mais!
Liberdade de expressão... é existe, mas o preço... o preço é elevado quando a opinião é diferente... se um gay diz uma coisa (que eu discordo mas respeito)... uma coisa que eu ouço tantas vezes de heterossexuais mas que upsss foi um gay que falou, lá vêm os homofóbicos em massa num ataque frenético... não se pode discordar sem ataque, sem insulto? Que raio de liberdade de expressão é esta?
Informação... que informação? Tudo o que lêm acreditam, ajuizam e condenam, sem a menor preocupação se a informação está correta e completa... é o amém a toda a opinião, é a falta de opinião individual, é o copy paste das ideias de outros... um copy paste deturpado... um copy paste não percebido... estamos na era "copy paste do pensamento"
Respeito... não há em nada e a a religião é um dos exemplos! Caramba eu tive uma educação católica e os católicos são os que mais desrespeitam quem não professa a mesma religião... "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei"... esqueceram-se de tudo, renegam o que era suposto espalharem, o amor, a compaixão... é uma nova inquisição, esta é verbal... que vergonha.
Viro as costas à mediocridade e pratico a eutanásia do sentir...
Ohhh quanta imoralidade no viver.
Nota: Abri uma excepção e escrevi "en passant" sobre política e religião, embora não diga quais as minhas convicções ou crenças... abri uma excepção, não um debate sobre política ou religião. É claro que é uma generalização, felizmente ainda existem pessoas que são a antítese de tudo isto e eu conheço-as.

quarta-feira, outubro 17, 2018

Nós as Mulheres...

A MULHER… A insustentável e aparente leveza de o que somos
(..)
Determinadas… Seguras… Carinhosas… Amigas… Fieis…Namoradas… Guerreiras… Meigas… Musas eternas dos poetas… de ritmo e arritmia… evoluídas e em evolução…pilares de construção… Inteligentes… Maternais… Protetoras… Generosas… Pró activas… Verdade… Amor… Ladys na mesa… Malucas na cama… Sensíveis… Analíticas… Empáticas… Assertivas… Pacientes… Livres…Sensuais
Somos tudo isto e muito mais… e muito menos… somos também a lei da reciprocidade
Somos complexas… carentes… exigentes…
(...)
Somos Mulheres, Guerreiras, Emancipadas… mas somos Mulheres… diferentes dos Homens… nem melhores nem piores, apenas diferentes… não somos iguais, e queremos ser tratadas, admiradas, entendidas e amadas também pelas nossas diferenças.
(...)
Nota: partes de um texto escrito por mim escrito por mim em outra altura e publicado em outro local, porque é meu e ... eu posso

sábado, outubro 13, 2018

sou aquela palavra

aquela palavra ...
aquele momento...
silêncio 
a paralisia de ações
tempo... tanto tempo
hoje... hoje... hoje
é como um mantra na minha cabeça...
hoje...hoje... hoje
ontem acabou
amanhã pode não existir
hoje... hoje... hoje
amnésia...
aquela palavra...
sou a que vê
sou a que sente
sou aquela palavra...


quinta-feira, outubro 04, 2018

é só olhar para o outro lado...

é só olhar para o outro lado...
o lado que olhei era feio
barulho no silêncio
silêncio com barulho
frases sem nexo
amén... amén
partilhas... partilhas... partilhas
fracos
palavras gritadas
gargalhadas falsas
discussões... discussões
tontos
falsas batalhas
pseudo heróis

ilusões
desilusões
egoístas
egocêntricos
narcisistas
silêncios podres
lirismos...
copy paste... copy paste... copy paste
ausência de ações
valores inexistentes
mentiras
promessas falhadas
alvos errados
cinzentos
parados
mortos
não quero barulho
quero sons
o meu silêncio é límpido
fui-me embora
olho de lado e para o outro lado
ohhhh 
há beleza 
há verdade
há coragem
há heróis
há tanto
há tudo
há esperança
há vida
é só olhar para o outro lado...

segunda-feira, outubro 01, 2018

Sou arrogante, intolerante e intransigente com quem eu mais amo.

Não gosto de fraqueza... de "cruzares de braços"... de derrotistas.
Não gosto de frases como:
... Isso não é a minha praia
... Não consigo
... Eu só gosto de...
Acredito ser uma pessoa em crescimento e constantemente mutação, e isso só é possível se não colocar determinadas barreiras na minha aprendizagem, é claro que existem sempre limites para essas barreiras, e esses têm só a ver com valores ou bom senso.
Naturalmente que todos temos uma zona de conforto e por consequência outra de desconforto... muitas vezes o desconforto é o desconhecido que simplesmente por ser desconhecido provoca "medos"... de fracasso, desconforto ou qualquer outra má sensação.
A verdade é que sem se experimentar (repito, com as barreiras de bom senso e valores, entenda-se carácter) vivemos na apatia do desconhecimento.
Lembrei-me disto porque curiosamente esta sexta feira, jantava com a minha filha e no meio de conversas fantásticas, não me lembro porquê, ela disse "não consigo"... olhou para mim em fracões de segundos e corrigiu "não... já sei mãe, enganei-me, obviamente que só sei se experimentar, não consigo não é expressão aceitável", e disse isto com um sorriso.
Claro que ao longo da vida, e no exercício do "eu consigo", só porque não sou derrotista, experimentei coisas que não gostei, mas experimentei.
Caracóis
Moelas
Rapel
Montanha Russa
Slide
Etc etc
Nada disto vai contra os meus valores e comprovei que "consigo".
Nas zonas de conforto existem coisas e ambientes que gosto mais... sim 

existem.
Prefiro um passeio no campo descalça na relva do que uma festa super badalada... prefiro, mas não significa que também não aprecie imenso a festa.
Prefiro havaianas a saltos altos...mas gosto imenso de me ver com saltos altos.
Adoro um restaurante fantástico com Estrelas Michelin mas também tenho um prazer supremo em comer sardinhas à mão numa feira.
Sou arrogante, intolerante e intransigente
Sou... e exerço tudo isso com quem eu mais amo.
Não tenho tolerância com aquilo que eu considero "frescuras"... quem melhor me conhece sabe a minha história de vida e caramba se eu consegui sempre ultrapassar tudo... e quem me conhece sabe que o "tudo" é muito... mas muito mesmo, por isso eu não consigo ter tolerância para fraquezas... eu sei que isto é de uma enorme arrogância, pois estou a espelhar nos outros a minha capacidade de lutar... eu sei, mas não consigo compreender porque é que eu me levanto não me rendo e têm sido tantas "batalhas"... tantas e desde sempre... se eu consigo porque é que outros não conseguem?....
Eu sei que é arrogância minha... por um lado... mas ao mesmo tempo considero que o que realmente não tenho é paciência para "frescuras".
Sou arrogante, intolerante e intransigente com quem eu mais amo...
Preocupo-me e tento sempre ajudar... sou proactiva... mas se vejo fraqueza e cruzar de braços não tolero... se eu consegui superar coisas muito piores porque raio é que outras pessoas não conseguem?
É arrogância minha eu sei... só que eu sinto-me insultada com determinadas fraquezas...
Se eu vir um sem abrigo não me vou queixar que perdi as chaves de casa... é insultuoso.
Se eu falar com um paraplégico não vou dizer que me doí a perna... é insultuoso.
Por isso eu sinto-me insultada com determinadas coisas...
Com consequências? Ora foda-se sim, claro! As nossas histórias tornam-nos naquilo que somos, e eu sou arrogante, intolerante e intransigente com que eu mais amo... porque essas pessoas sabem a minha história... sabem que eu nunca cruzei os braços e têm a petulância de cruzarem os seus perante adversidades tão pequenas comparadas com as minhas... pronto e lá estou eu a ser arrogante.
Sou arrogante, intolerante e intransigente e exerço tudo isso com quem eu mais amo...


sexta-feira, setembro 28, 2018

não sou malmequer, sou papoila!

bem me quer...
mal me quer...
bem me quer... 
mal quer...
muito...
pouco...
ou nada...
bem me quer...
mal me quer...
muito...
pouco...
ou nada...
upsss não sou malmequer... sou papoila
não se arranca pétalas à papoila
a papoila não faz previsões ou "promessas" estúpidas
a papoila tem poucas pétalas, e todas elas são sagradas
a papoila tem ópio... é inebriante mas...
a papoila é delicada e simples... mas resistente
a papoila é selvagem mas tem raízes
não sou malmequer, sou papoila!

terça-feira, setembro 25, 2018

Diálogo telepático... Pássaro e Papoila

Olho para ti... ausente mas sempre comigo, é bom.
- "guardo-te"
- eu sei...
- falam de quê?
- da vida... de mim.. coisas
- e tu?
- eu ouço.. penso.. registo...
- chateia-te?
- já não... aprendi a arte de sorrir
- amo-te
- ... amo-te