Ultimamente ando um pouco nostálgica. Acho que só agora estou a interiorizar a inexistência na "alma humana" do conceito "Raízes" …é muito difícil lidar com isso.
Tenho 34 anos. Cresci na zona da Avenida de Roma. Guardo com saudade a imagem de alguns amigos.
Consigo sempre arranjar forma de voltar a morar na mesma zona. Percebo com tristeza que sou a única que teimo voltar. Apesar de nunca estar só, acabo sempre com uma sensação de abandono. Já não está cá ninguém. Porque é que eu teimo em resistir?
Amigos da adolescência … terei eu dado demasiada importância? Acho que sim.
Tenho 34 anos. Em mim, persiste cada vez menos o conceito "raízes".
sexta-feira, julho 07, 2006
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2 comentários:
Entendo perfeitamente essa nostalgia...eu mesma tambem a tenho onde residem as minhas raizes...quem sabe se muitos dos teus amigos tambem nao voltarão um dia mais tarde?!
As raízes e os amigos estão num local onde não existe a palavra tempo nem a palavra espaço. As raízes e os amigos são o sentir. São. Quando esbarramos com um amigo sentimos que somos únicos pelo simples facto de nos tornarmos num só. Duas almas num só céu. As minhas raízes existem porque são...os momentos partilhados. A vida vivida em amor e a luta constante do apaziguamento da minha alma face ao desespero do medo que teima ruidosamente em bater na minha vidraça. E todos os dias eu teimo em dizer-lhe (ao medo) eu não tenho medo de ter medo.Eu sou única. Eu tenho amigos a quem amo e em quem me maravilho ao deixar que me amem. Tu és uma dessas almas que partilham e formam um só céu. No meu céu as raízes importam. Suportam-me, amam-me, embalam-me e mostram-me o ponto de partida, dando-me a liberdade de caminhar . Segura. Inteira. Sem medos. Em amor. Amigos não voltam... amigos não partem. Permanecem.
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