Contam-se pelos dedos de uma mão as pessoas a quem eu disse amo-te.
Não se contam pelos dedos de uma mão (e nem vale a pena perguntar quantas mãos são), os namorados, amigos coloridos, etc que eu tive.
Contam-se pelos dedos de uma mão as pessoas que eu chamei de amor ou querido... que é diferente de eu dizer és um querido ou és um amor... são constatações diferentes.
As palavras para mim têm um peso enorme, levo-as demasiado a sério. Quando eu digo amo-te o impacto que tem em mim é brutal... é como se fosse uma espécie de pacto de sangue... é real... é o selar daquilo que mais profundo me vai na alma.
Quando eu chamo amor ou querido é exactamente a mesma coisa.
A verdade é que essas palavras são usadas naturalmente por quase todas as pessoas, a muitas pessoas, e sem o peso que eu teimo dar. Não significa que eu esteja certa, apenas que dou demasiado valor às minhas palavras.
Contam- se pelos dedos de uma mão as pessoas que eu disse "sou tua"... Não se contam pelos dedos de uma mão as pessoas de quem eu já fui... entre o estar e o "pertencer" há uma enorme diferença.
Às vezes gostava de ser mais ligeira... provavelmente teria feito mais pessoas felizes, ainda que por breves momentos.
Às vezes gostava de não dar tanta importância às minhas palavras e tornar-me com isso mais doce... menos bruta.